segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Unidos em uma só voz!

Sou estudante, não abro mão, democracia na decisão” foi um dos cantos que ecoaram entre os corredores da Univates na última quarta-feira. A marcha teve início as 19h30, em frente ao prédio 16, onde cerca de cem estudantes concentravam-se desde as 18h45, entoando cânticos e palavras de ordem contra o aumento das mensalidades e por uma educação de qualidade. Um grupo menor entrava nos prédios para incentivar e convidar outros acadêmicos a se juntar na luta. A caminhada seguiu pela Av. Avelino Talini em direção ao prédio 1 e continuou até o prédio 9, passando por dentro do campus.

Como todo protesto organizado por estudantes não faltaram irreverência e motivação. O rítmo de todos os cantos era marcado pela batucada feminista. Alunas que se organizaram e fizeram todos cantarem do início ao fim da marcha. Outros elementos importantes foram as faixas e cartazes com frases que expressavam o que os estudantes pensam sobre as mensalidades.
Chegando ao anfiteatro da instituição, o número de manifestantes já era próximo a 1500. O DCE aproveitou o momento para divulgar dados e colocou para os alunos o porque de se organizar contra o aumento. Após, o espaço foi aberto para os estudantes exporem suas ideias e relatarem outras situações do cotidiano acadêmico.
Há quem diga que nunca esperou ver isso novamente na Univates, depois de 2001, quando estudantes também saíram das salas de aula para protestar contra o aumento das mensalidade. E agora, mesmo cercado de uma mentalidade estudantil acomodada com as injustiças, o DCE conseguiu resgatar em muitos estudantes da instituição o espírito de luta e mudança. O manifesto começou na internet e alcançou números incríveis de acessos e compartilhamentos nas redes sociais, seguiu com a caminhada e provou que ainda existe uma juventude que não quer ficar estática em frente ao computador, não vai ficar calada diante dos problemas que a cerca e sim, seguir viva no movimento. É uma juventude que vai além do discurso e e vai as ruas lutar por seus direitos.

Texto: Carolina Gonzatti e Paula Abella
Fotos: Ana Paula Weber

Nenhum comentário:

Postar um comentário