As políticas públicas para os jovens avançaram a passos largos nos últimos anos. O Brasil, que cada vez mais torna-se referência internacional no combate à pobreza e no crescimento econômico com distribuição de renda, também é uma das lideranças mundiais na implementação de ações que promovem o jovem como um sujeito de direitos e que acreditam no seu potencial para alavancar o nosso desenvolvimento. Por outro lado, os desafios são muitos. Os jovens brasileiros se desenvolvem de maneira desigual. O nível de escolaridade dos jovens rurais é 30% inferior ao dos urbanos. A taxa de analfabetismo entre os jovens negros é mais que duas vezes maior do que entre os não negros: 3,4% contra 1,4%. O desemprego juvenil é, ao longo dos levantamentos dos últimos períodos, quase três vezes maior que a taxa de desemprego dos adultos. Atento a essa realidade, o Brasil vem incorporando, especialmente na ultima década, políticas públicas especificas para os jovens, além de garantir a incidência do tema nas políticas sociais e universais – como educação, saúde e geração de emprego. Esta é uma postura tanto da União quanto de estados e municípios, que criam órgãos gestores e programas voltados para este segmento. Estas são conquistas do governo brasileiro, mas, principalmente, dos movimentos sociais e da sociedade em geral. Agora, as políticas públicas caminham no sentido da expansão da concepção dos direitos da juventude. O foco é a garantia de que o jovem tenha autonomia para desenhar a sua trajetória e condições para viabilizar a sua emancipação. Para além dos direitos fundamentais, como saúde, educação, cultura, habitação e trabalho, o jovem deve ter o direitos ao território, à experimentação, à diversidade, à participação e ao desenvolvimento integral. Somos 50 milhões de jovens brasileiros. Em nenhum outro momento da história, este segmento da sociedade foi tão representativo. É hora de ousar nas políticas públicas de juventude para construir o Brasil sonhado por tantas gerações.
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