CONEG da UNE
O movimento estudantil brasileiro iniciou, na
noite da sexta-feira (15/06), um dos seus principais encontros, o Conselho
Nacional de Entidades Gerais da UNE (CONEG). Reunindo assim, centenas de
representantes de DCEs, executivas de cursos e uniões estaduais dos estudantes para aprovar uma plataforma política que será
apresentada à sociedade, no formato de um documento chamado “Projeto UNE
Brasil+10”.
O Coneg acontece no momento em que o Plano Nacional
de Educação para o país (PNE), apresentado pelo governo federal, está em
tramitação decisiva no Congresso Nacional. No mesmo momento em que as
universidades federais passam por um momento de grande agitação com a greve de
professores, funcionários e estudantes.
Priorizando
o PNE e a luta pelos 10% do PIB para a educação nos último anos, a UNE
acompanha de perto a votação do PNE, que teve seu mérito aprovado na sua
comissão especial na Câmara dos Deputados, seguindo agora para o Senado
Federal.
As
políticas de assistência estudantil e permanência do estudante na universidade
estão no topo da lista das reivindicações do movimento estudantil. Durante o
debate, estudantes vindos de diversas regiões do país expuseram suas demandas e
discutiram soluções. A necessidade de construção de Casas do Estudante,
restaurantes universitários, infraestrutura adequada, possibilidade de acúmulo
de bolsas e passe livre foram os principais pontos apresentados nas
intervenções.
“Terminamos
mais um CONEG da UNE, com muito progresso e prospectivas de avançar a um olhar especial
aos estudantes de instituições privadas. Será lançado ainda neste ano, uma
jornada de lutas e um comitê permanente da UNE, para pressionar o governo de
que está mais do que na hora de regulamentar e democratizar as universidades
pagas”, diz Carlos Augusto Portela, presidente do DCE Univates.
Cúpula dos
Povos/Rio+20
Iniciou
na última sexta-feira a Cúpula dos Povos, evento paralelo a Rio+20, com o tema
“Na Rio+20 por justiça social e ambiental”. É realizada pela sociedade civil,
organizada por meio de entidades, ONGs, associações, centrais sindicais, entre
outros. Tem por foco debates ligados a sustentabilidade ambiental e
desenvolvimento social.
Nestes
primeiros dias os fatos marcantes foram os protestos e marchas como a das mulheres
reivindicando seus direitos, liberdade para com o seu corpo, melhorias na Lei Maria
da Penha, igualdade salarial e direito de escolha ao parto em casa. Outra
reinvindicação marcante na conferência foi a de diversos povos indígenas sobre
o código florestal, o repúdio à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte
e principalmente a demarcação de suas terras.
Além
disso, ressaltamos um espaço de economia solidária, onde são encontrados produtos
orgânicos reciclados e sustentáveis que são produzidos por autônomos, objetivando
um cooperativismo para uma sociedade mais justa. Mostrando assim, que é
possível viver em harmonia com a natureza.
“A
troca de ideias com as mais diversas culturas existentes no mundo, aqui
reunidas, tem nos feito crescer como pessoas, e certamente voltaremos à Lajeado
com uma bagagem grande de experiência e conhecimento, prontos para colocar em
prática o que estamos vendo. Ainda tem muito mais para acontecer, isso é só o
início”, diz Paula Lorenz Abella, secretária do DCE Univates.
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