quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Plano Nacional de Educação

A Universidade estará a serviço da sociedade brasileira a partir do dia em que mais jovens estiverem sentados em seus bancos, tendo acesso à um ensino de qualidade, capaz de formá-los para atuar criticamente na sociedade e no mundo do trabalho.

Por isso, estamos entre aqueles que defendem o atual momento de expansão da educação superior brasileira, em especial da duplicação de vagas nas universidades federais por meio do Reuni, a expansão da rede técnica federal através da criação dos IFETS, aumento de vagas pelo ProUni - Programa Universidade para Todos e pelo continuo avanço nas politicas do FIES.

A democratização da Universidade passa pelo desafio de associá-la à construção de um projeto de nação soberano, capaz de combater as diversas formas de desigualdade existentes na sociedade brasileira. Por isso, a Universidade que queremos tem o papel fundamental de incluir setores alijados historicamente do acesso ao ensino superior brasileiro.

Nesse sentido, o último período foi marcado pelo avanço das políticas de ações afirmativas na universidade. A nível nacional, contamos com o avanço no Congresso Federal de projetos de lei sobre o tema e, em especial, um conjunto significativo de universidades vem adotando políticas específicas de reparação étnico-racial.

Tais políticas de ação afirmativa, ainda que de forma incompleta, estão contribuindo para um novo cenário nas universidades brasileiras, garantindo a inserção de parcela significativa da população brasileira, historicamente excluída, na produção do conhecimento acadêmico do país.

O Plano Nacional de Educação aborda a temática de forma limitada ao propor a adoção de políticas afirmativas voltadas somente aos estudantes de escola pública. O desafio do movimento estudantil deve ser garantir o recorte étnico-racial nesta política, com base inclusiva nas resoluções da Conferência Nacional de Educação.

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